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A informação sexual da criança de 10/13 anos não representa nenhum problema para quem faz amor com ela. Com efeito, são muitas as crianças que escondem à sua família o interesse que sentem pelas coisas do corpo. A criança não manifesta mais nenhuma curiosidade pelas bobeiras ginecológicas dos seus pais: é o prazer o que lhe interessa em exclusiva, e tem aprendido que não deve jactar-se disso. Na realidade, durante esse período, o seu desejo se tem reafirmado, se tem concentrado, e tem tomado consciência das proibições externas. A criança trata de satisfazer-se apesar do trabalho escolar, e muitas vezes graças aos amigos e às suas aprendizagens secretas, quanto ao demais estimulantes: punhetas, revistinhas, palavras obscenas, voyeurismo, fodas de cu, buracos femininos, etc… O diálogo entre os pais e a criança constitui um esforço solapado por consolidar as disposições repressivas que ela sofreu por parte deles desde a sua primeira infância, e das quais tende a emancipar-se. A vergonha, o pudor e a timidez ajudam-a um pouco a proteger-se das agressões paternas. O seu problema fundamental é, com efeito, a dominação imediata e o controle incessante com que a oprimem os adultos. Portanto, a criança de 10/13 anos tem tanta sexualidade quanto pode, e ainda que em diante a dissimule cuidadosamente ante os familiares, muitas vezes está à disposição de inúmeras aventuras clandestinas, seja qual for sua cor. (pt) |