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Uma intervenção bem sucedida da Hierarquia Eclesiástica no campo econômico e social deveria partir da denúncia dos dois vícios que estão na origem de todas as desordens e revoluções modernas: o orgulho e a sensualidade. Esses vícios alimentam os dois erros fundamentais e aparentemente opostos de nossa época: o utopismo coletivista e o liberalismo individualista. Porque, de um lado, geram o sonho anárquicoigualitário de uma sociedade sem governo, sem classes e sem leis; e de outro lado, estão na raiz do liberalismo moderno, o qual recusa toda referência a uma verdade objetiva, a valores absolutos, a uma lei superior e, por isso, conduz à “ditadura do relativismo”, oportunamente denunciada pelo então Cardeal Ratzinger. Assim, na raiz mais profunda da crise antropológica pela qual passa hoje a humanidade, não está simplesmente a negação de direitos fundamentais do homem, mas resulta da negação da primazia de Deus na organização da sociedade humana. Todo o resto é mera consequência. (pt) |