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Nos debates políticos e acadêmicos das décadas anteriores, o marxismo sempre fora tratado em última análise como um modelo histórico alimentado pelo motor do interesse e da ação do proletariado. Mas exatamente por esse motivo, à medida que o proletariado industrial diminuía em número e relevância nas sociedades avançadas, o marxismo parecia vulnerável à implausibilidade de suas premissas. O que acontece, afinal, quando o proletariado deixa de funcionar como um motor da história? Nas mãos de praticantes dos estudos culturais e sociais na década de 70, a máquina ainda pode ser posta para funcionar: você simplesmente substituía 'trabalhadores' por 'mulheres'; ou estudantes, ou camponeses, ou negros, ou - no fim, gays, ou na verdade qualquer grupo que tivesse uma boa razão para estar insatisfeito com a presente disposição de poder e autoridade. (pt) |