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E Mo começou a preencher o silêncio com palavras. Ele as atraía para fora das páginas, como se elas estivessem esperando apenas por sua voz - palavras longas e breves, altivas e ternas, ronronantes, rumorejantes. Elas dançavam pelo quarto, pintavam imagens de vidro colorido e faziam cócegas na pela. Mesmo enquanto dormia, Meggie ainda podia ouvi-las, embora Mo já tivesse fechado o livro. Palavras que lhe explicavam o mundo, o lado sombrio e o lado iluminado, e construíram um muro contra sonhos ruins. Naquela noite, nem um único pesadelo conseguiu atravessá-lo. (pt) |