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O WikiLeaks era o passo seguinte e previsível desta filosofia de que vale tudo, nada é segredo, nada é reservado, tudo é devido, tudo é interesse público, tudo é liberdade de informação. Não é por acaso que alguns dos mais prósperos títulos da nossa imprensa são das chamadas "revistas sociais", onde a vida privada das pessoas é exposta publicamente - umas vezes, por vontade das próprias, que assim se tornam, mesmo que tristemente, conhecidas, visto que não têm outra forma de o ser, ou então contra a vontade dos outros, que vêem a sua intimidade devassada por células de fotógrafos emboscados e de jovens jornalistas que, coitados, vieram para o jornalismo cheios de ideais e acabaram forçados a bisbilhotar a vida alheia em nome do 'interesse público'. (pt) |