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A categoria de críticos que não consigo suportar é a dos falsos alternativos, aqueles que assistem pela primeira vez a um concerto dos Nirvana e ficam amuados num canto torcendo o nariz como se quisessem materializar um pensamento indignado: "Mas isto não é punk-rock!" É claro que não é! Quem etiquetou os Nirvana como grupo punk-rock cometeu um erro colossal porque nós nunca afirmámos ser punks, sempre dissemos que nos interessa a ética do punk. Nunca considerei importantes coisas como os alfinetes enfiados na pele e o cabelo pintado de encarnado: isso são cagadas exteriores que serviram só para dar uma qualquer identidade a personalidades sem rumo. O que me interessa realmente é o coração da ética punk: a independência artística, a liberdade expressiva, a espontaneidade e também a imprecisão técnica... (pt) |