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Nenhum recanto pode se orgulhar de possuir pôr de sol mais belo que esse pedaço de sertão. À tarde o sol se afoga nas nuvens sangrentas do ocaso. E toda cidade parece tocada da estranha beleza daquela hora de luz esmaecida e suave. Faixas de ouro velho correm paralelas por sobre o perfil das serranias que se erguem no horizonte, na meia luz da tarde agonizante. E nuvens tarjadas de roxo e de vermelho fazem o ocaso um quadro de beleza impressionante. Aos poucos a escuridão vai apagando a fogueira do poente. E quando as trevas já dominam o céu fulvo, pedaços de nuvens afogueadas e faixas imensas de luz ainda se debatem contra a noite que se aproxima. Então envolta na claridade mortiça, se destaca no meio de larga praça a imponente Matriz da cidade, construída por um sacerdote ali chegado em 1910. (pt) |