so:text
|
Éramos um monte de existências enfadadas, embaraçadas de nós mesmos, sem a menor razão para estarmos aí, nem uns nem outros; cada existente, confuso, inquieto, sentia-se demais em relação aos outros. E eu - fraco, enlanguecido, obsceno, digerindo, movendo mornos pensamentos - eu também era demais. A palavra absurdidade nasce agora sob minha pena. E sem nada formular claramente, compreendi que havia encontrada a chave da Existência, a chave de minhas náuseas, de minha própria vida. De fato, tudo o que consegui apreender em seguida se reduz a essa absurdidade fundamental. (pt) |